Perguntas Frequentes

  1. Qual a legislação que regula a qualidade da água para consumo humano?

A legislação que regula a qualidade da água para consumo humano, é o Decreto-Lei nº 69/2023, de 21 de agosto.

  1. Porque é que, por vezes, a água sabe ou cheira a cloro? 

Para assegurar as ótimas características de uma água de boa qualidade, é necessário adicionar uma pequena quantidade de desinfetante por forma a não conter microrganismos que podem colocar em risco a saúde. O desinfetante utilizado é o de hipoclorito de sódio que contém cloro. Em determinadas situações, como a intervenção de uma reparação numa conduta, é realizado um reforço na dosagem do hipoclorito de sódio, de forma a garantir a boa qualidade de água nas torneiras. Apesar destas situações, a água pode ser consumida sem qualquer risco porque os valores de referência definidos no Decreto-Lei n.º 69/2023, de 21 de agosto são respeitados.

  1. Qual a importância do cloro?

O cloro, sob a forma de hipoclorito de sódio, é um desinfetante utilizado no tratamento da água para consumo humano que visa manter a qualidade microbiológica da mesma, não representando quaisquer problemas para a saúde nas quantidades (muito baixas) utilizadas para tratamento da água.

  1. Porque é que, por vezes, a água sai branca da torneira? 

Quando há falta de água ou roturas na rede, as condutas ficam sem água e no lugar dela fica ar. Quando tudo volta ao normal, a água volta com muita pressão e a maior parte do ar sai da rede através de dispositivos especiais. Mas, pode ficar algum ar dentro dos ramais. Parte deste ar pode sair pela torneira e parte pode dissolver-se na água. É este ar dissolvido que quando se liberta da água forma bolhas muito pequenas que dão o aspeto branco à água. Se reparar, essa água colocada num copo começa a ficar límpida de baixo para cima. Só o aspeto visual desta água é que pode parecer estranho. A sua ingestão não tem qualquer risco associado. Passado algum tempo, esta situação retorna à normalidade. Esta situação é, portanto, pontual e temporária e a água encontra-se própria para consumo.

  1. Porque é que, por vezes, a água sai amarela da torneira? 

Este aspeto poderá estar associado à presença de ferro na água; o seu aparecimento é normal quando a utilização da água é interrompida por algum tempo e em contacto com o material das tubagens no interior das habitações ou edifícios reage, adquirindo a tonalidade amarela.

Esta situação carece de acompanhamento já que o aparecimento constante da cor amarela poderá estar associado a corrosão das canalizações internas, normalmente construídas em ferro, resultando no aparecimento de ferrugem e do sabor a ferro. A solução adequada consiste na sua substituição por canalizações de material não corrosivo, como é o caso do PEAD (Polietileno de Alta Densidade) utilizado na instalação dos ramais atuais.

A idade e o estado de conservação das canalizações podem interferir na qualidade da água, particularmente ao nível do cheiro, sabor e cor, pelo que é importante substituir as canalizações das habitações mais antigas.
Outro fator importante é a existência de bombas e/ou reservatórios nos prédios. Estes equipamentos devem ser sujeitos a rigorosos planos de manutenção, de modo a garantir que o seu funcionamento não afeta a qualidade da água, mantendo-se as suas características desde a rede pública até à torneira do consumidor.

           5a) Porque é que a água, por vezes, está turva?
Quando ocorrem intervenções de reparação de roturas na rede de distribuição de água, é necessário interromper o abastecimento de água, abrir a vala na zona envolvente da conduta com avaria e eventualmente substitui-la.
Como é natural, as condutas ficam com o interior exposto, podendo entrar alguns resíduos. Quando a reparação é concluída, lavam-se as condutas, deixando sair a primeira água com resíduos.
No entanto, a água pode transportar alguns resíduos e são esses resíduos que podem sair pelas torneiras.
Nestas ocasiões deve-se deixar correr alguma água até que fique com um aspeto incolor.

  1. São necessários filtros adicionais nas torneiras do consumidor para a água distribuída?

A água que lhe é distribuída tem qualidade adequada para o consumo humano, sendo a sua qualidade fiscalizada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA) que aprova o Programa de Controlo da Qualidade da Água implementado no concelho de Praia da Vitória. Os resultados obtidos comprovam a essa qualidade dispensando a instalação de equipamentos ou tratamentos adicionais. Por outro lado, a utilização de filtros pode ter o efeito inverso já que estes podem libertar amoníaco, sódio ou ainda criar condições para o desenvolvimento de bactérias, quando não utilizados corretamente.

  1. A qualidade da água pode sofrer alterações na minha casa?

A idade e o estado de conservação das canalizações e hidropressores ou reservatórios do prédio (caso existam) podem alterar as características da água, concretamente o sabor, o cheiro e a cor. É essencial assegurar a manutenção e limpeza de todos os equipamentos em contacto com a água; a utilização de reservatórios é desaconselhável pois pode ser a origem de contaminação microbiológica. A temperatura da água também pode influenciar o seu sabor. 

  1. Como sou avisado em caso de água sem qualidade?

A lei prevê os mecanismos de atuação para os casos em que os valores limite são ultrapassados e há necessidade de tomar medidas para resolver os problemas detetados.

Cada vez que o laboratório responsável pela análise da água deteta uma violação de um valor limite, está obrigado a informar, até ao fim do dia útil seguinte, a entidade gestora que, por sua vez, em 24 horas úteis está obrigada a informar a ERSAR e a autoridade de saúde. Deste modo, garante-se uma atuação rápida na resolução dos problemas detetados.

Quando os problemas detetados determinem restrições ao consumo da água ou mesmo a suspensão do abastecimento, compete à autoridade de saúde informar todos os utilizadores. Refira-se ainda que nestas situações a entidade gestora está obrigada a providenciar uma alternativa se as restrições ao consumo ou a suspensão do abastecimento se prolongarem por mais de 24 horas.

  1. Conselhos úteis

SE HOUVE INTERRUPÇÃO DE ABASTECIMENTO

Se ocorrer uma interrupção de abastecimento de água à habitação:

- Verifique se todas as torneiras estão fechadas;
- Desligue os equipamentos elétricos que funcionam com água (termoacumuladores, máquinas de lavar);
- Após receber a notificação de interrupção, armazene apenas a quantidade de água necessária para o período de interrupção no abastecimento.

Para informação sobre o período de duração da interrupção, contacte a Praia Ambiente, E.M. através do telefone 295 545 530 e prima tecla 3.

Após a reposição do normal abastecimento de água, ao abrir as torneiras poderão verificar-se ruídos na canalização e a água surgir aos jatos, o que se deve à existência de ar nas canalizações.
Neste caso, aconselha-se deixar correr a água durante alguns segundos e só depois ligar os equipamentos elétricos.


FAÇA VERIFICAÇÕES PERIÓDICAS

- Verifique periodicamente o contador de água de forma a controlar os seus consumos e utilize apenas a água de que necessita, evitando o desperdício.
- Verifique também, periodicamente, as torneiras e canalizações.

O cliente é responsável pela rede predial, pelo que deve assegurar que as canalizações e torneiras estão em bom estado de conservação.

As torneiras devem ser regularmente limpas e desinfetadas (interior e exterior, com lixívia ou álcool etílico) para evitar a acumulação de sedimentos e o desenvolvimento de microrganismos.

No caso da existência de reservatório integrado na rede predial, este deve ser arejado estar tapado e limpo. Deve também desinfetado uma vez por ano.

Os materiais a utilizar na rede predial devem ser adequados para o contato com água para consumo humano.

As canalizações de chumbo na rede predial aumentam o teor de chumbo na água pelo que devem ser substituídas por outro material, por exemplo PEAD, PEX, PP, FG, Cu, etc.

A introdução de água não tratada na rede predial através de captações particulares constitui um risco quer para a saúde dos habitantes, quer para a saúde pública por possível contaminação da água da rede pública de distribuição. Se a rede predial for comum às duas origens (água da rede e água da captação) estas ligações não são permitidas por lei.

RECOMENDAÇÕES SOBRE COMO EVITAR RISCOS PARA A SAÚDE DEVIDOS À ESTAGNAÇÃO DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NA REDE PREDIAL

Após um período prolongado de ausência, e antes de beber água, aconselhamos a abrir as torneiras durante alguns minutos para renovar a água que se encontra nas canalizações. No caso de detetar algum problema na água contacte a Praia Ambiente.


Medidas de proteção da saúde dos consumidores do sistema predial:

1. Realizar descargas na rede predial para renovar a água nas tubagens de água quente e de água fria, abrindo todas as torneiras da cozinha, dos chuveiros e lavatórios, durante 2 a 5 minutos, de uma forma sequencial, dependendo da dimensão da rede, e fazendo um mínimo de duas descargas em cada autoclismo;

2. Assegurar que os reservatórios e/ou termoacumuladores de água quente são esvaziados. Em alternativa, elevar a temperatura no equipamento a 70ºC, pelo período de uma ou duas horas antes da sua colocação em funcionamento, de modo a permitir uma temperatura mínima de 50ºC em qualquer ponto da rede de água quente e nomeadamente nos pontos de extremidade e no circuito de retorno quando existe;

3. Efetuar a limpeza e higienização de reservatórios de água, se existentes. Sobre o assunto pode ser consultada a Recomendação ERSAR n.º 1/2018, publicada no sítio da ERSAR na internet;

4. Verificar o correto funcionamento de válvulas de segurança, válvulas redutoras de pressão e vasos de expansão;

5. Desmontar e limpar os filtros existentes nas torneiras e chuveiros para a higienização das peças, lavando-as com água e detergente e, por fim, deixando-as mergulhadas durante 30 minutos em água com lixívia comercial diluída a 0,05 % ou 0,1 % de cloro ativo. Por exemplo, a partir de uma lixivia com hipoclorito de sódio a 3 % de cloro ativo, pode usar cerca de 30 ml de lixivia para um litro de água. Algumas peças poderão ser desinfetadas com álcool etílico a 70%;

6. Avaliar o risco de proliferação de Legionella na água da rede, principalmente de centros comerciais, hotéis, ginásios e estabelecimentos onde se prestam cuidados de saúde. Se necessário, fazer o despiste da análise de Legionella na água selecionando alguns pontos críticos do sistema predial. Sobre esta avaliação do risco recomenda-se a leitura do Guia informativo "Legionella pneumophila" - Sistemas de abastecimento de água, da ERSARA.
7. Por fim, avaliar a eficácia da limpeza e higienização da rede, principalmente em grandes edifícios ou edifícios considerados críticos (como escolas, clínicas, centros comerciais, …), efetuando a análise de alguns parâmetros indicadores na água, como pH, condutividade e desinfetante residual.

Em caso de dúvida, solicitar o apoio da entidade gestora do sistema público de abastecimento de água ou da autoridade de saúde local.

Fonte: Orientação ERSAR “Procedimentos a adotar na rede predial de edifícios no regresso à normalidade, após estado de emergência”, 04/05/2020.


CÁLCIO, MAGNÉSIO, DUREZA TOTAL

De acordo com o ponto 8, artigo 32.º do decreto-Lei n.º 69/2023, de 21 de agosto, a Praia Ambiente, E.M. disponibiliza informação anual relativa aos parâmetros potássio, cálcio, magnésio e dureza total, por Zona de Abastecimento.